sexta-feira, 4 de julho de 2014

Verdadeiramente Ásia



"Malaysia. Truly Asia". Este é o slogan que convida ao turismo na Malásia. E, na verdade, a frase toca no ponto que torna o país tão único e especial: a diversidade cultural. Já tinha falado sobre isso no meu relato sobre a minha primeira viagem a Kuala Lumpur, mas agora que conheço um pouco mais sobre a cultura asiática, isso tornou-se ainda mais evidente aos meus olhos. Sem querer ofender nem ser racista, é giro sentarmo-nos na rua a observar essa mistura cultural e jogar a uma espécie de "Quem é quem?" real: será malay, indiano ou chinês? Ou um pouco de cada? É a beleza da Malásia!

Esta não é a melhor altura do ano para visitar a Malásia. É a época das monções e por isso a probabilidade de chover é imensa. No meu caso, tive sorte, porque só choveu ao final da tardinha quando já me preparava para voltar ao hotel. E confesso que até me soube bem aquela chuva refrescante debaixo de 35º C. 

Na última que estive em Kuala Lumpur, a tragédia com o avião da Malaysia Airlines ainda não tinha ocorrido, por isso estava curiosa e atenta aos sinais que poderia encontrar na cidade e acima de tudo nas pessoas que reflectisse o seu estado de espírito em relação ao que aconteceu. Foram vários os sinais que fui vendo ao percorrer a cidade que me mostraram que o fantasma do voo MH370 ainda está muito presente.

Na estação de metro de KL Sentral
Central Market



Desta vez, fui visitar as "Batu Caves". Já tinha visto imagens do local e pareceu-me um bonito sítio para visitar nesta minha segunda passagem por Kuala Lumpur. As Batu Caves é um dos sítios mais estranhos que já visitei. As caves albergam uma série de templos hindus e é uma dos locais mais populares entre os turistas. Digo que é um sítio bizarro porque não estava à espera de encontrar num templo macacos atrevidos, uma cadela a amamentar meia dúzia de cachorrinhos, um galo fechado uma gaiola, senhores a trabalharem apenas de toalha enrolada à cintura. As caves cheiravam a um misto de lixo e esgoto e chovia que se fartava lá dentro. Mas, ainda assim, e por mais incrível que possa parecer, consegue ser um local bonito e que convida à paz e meditação.








A imponente estátua da Deusa Shiva





























Os macacos que saltitam pelas escadas das caves e que tentam apanhar o que os turistas deitam no chão ou lhes dão parecem adoráveis e dão imensa vida ao local. Mas aqueles seres queridos e fofos mais não são do que uns endiabrados esfomeados. Enquanto lá estive vi uma autêntica perseguição de um macaco a uma jovem alemã que inconscientemente levava um pacote de bolachas na mão. O maldito macaco saltou-lhe para o vestido e começou a trepar por ela acima como se fosse uma árvore e só a largou quando a pobre miúda largou o pacote para o chão. O macaco, com um ar vitorioso, tirou duas ou três bolachas e foi à sua vida.











E não estamos em Kuala Lumpur se não dedicarmos um tempinho para fazermos umas compras! Fui ao "Central Market" que é um mercado que reflecte exactamente a diversidade que é a Malásia. Ali dentro, tão depressa estamos na "Little India", como de repente já estamos na "Malay Street" ou numa qualquer loja com produtos da China.







E por falar em China, o passeio não estaria completo sem passar mais um vez pela "China Town", a cinco minutos a pé do Central Market e da estação de metro "Pasar Seni". Ali a palavra de ordem é "regatear", palavra que os portugueses gostam tanto, e eu não sou excepção! É o salve-se quem puder entre malas Prada, ténis Nike e relógios Casio, tudo "Made in China", claro! A abordagem dos vendedores é agressiva e não há como sair de China Town vivo sem comprar qualquer coisinha.


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