quinta-feira, 10 de julho de 2014

Anoitecer em Casablanca



Ao pensarmos na cidade marroquina Casablanca é inevitável a referência ao grande clássico de cinema norte-americano com o mesmo nome da cidade. Bem, já não estamos em 1942 (ano de estreia do filme) nem sequer estamos em plena guerra mundial, mas ainda há traços de uma Casablanca do século XX reflectida no filme (apesar de o mesmo ter sido filmado em estúdio).

Casablanca não é uma cidade turística, como outras cidades marroquinas, mas é a maior cidade de Marrocos e o maior centro industrial e comercial do país. Antes de aterrar em Casablanca tinha ouvido algumas coisas menos positivas sobre a cidade e, por isso, já ia preparada para o pior. Os rumores acerca da insegurança e dos hábeis carteiristas fizeram-me estar sempre com um pé atrás enquanto passeava pelas ruas e andei sempre com atenção redobrada. A minha figura ridícula talvez tivesse assustado os assaltantes. De qualquer forma, resultou! Não fui assaltada.


A visita começou com uma paragem na zona de "Habous", onde existe uma mesquita e pequenas lojas com produtos artesanais e tradicionais. Perdi-me na louça com motivos típicos marroquinos e apeteceu-me comprar todas as carteiras e malas feitas à mão.















A cidade tem algumas zonas um pouco sujas e pouco preservadas. Os carros e as motas parecem todos de 1942 de tão velhos que são. Confesso que não gostei muito de conhecer os marroquinos. No geral, a abordagem que fazem aos turistas é um pouco brusca; param a olhar fixamente para os estrangeiros de uma forma constrangedora; não são muito acolhedores; tentam meter-se connosco, mas inglês não é com eles. Não são pessoas bonitas, e não me refiro apenas ao aspecto exterior. Não têm brilho. Não se trata da roupa, dos sapatos, do estilo. É mais a atitude. Há pessoas que simplesmente emanam algo que nos atrai e não percebemos muito bem porquê. Não consegui encontrar isso nos marroquinos.









A arquitectura dos edifícios é muito bonita, mesmo daqueles que não estão tão bem conservados. As colunas, os azulejos, os tectos, as arcadas... tudo digno de um conto de "As mil e uma noites".






Sempre gostei muito da gastronomia marroquina, mas comer couscous em Marrocos tem outro sabor! O restaurante escolhido, aconselhado pelo nosso querido e simpático taxista, foi o "Basmane", muito perto da praia. A decoração assustou por ser muito bonita e requintada, mas, na hora de pagar a conta, o preço foi bastante razoável tendo em conta a quantidade e qualidade da comida servida.




Senhor taxista simpático!





Uma selecção de saladas variadas para começar

Carneiro com couscous e galinha com couscous


O almoço tardio (ou jantar cedíssimo) foi pesado e por isso o passeio à beira-mar que se seguiu veio mesmo a calhar para ajudar na digestão. O sol foi-se deitando lentamente no mar, pintando a linha do horizonte e os edifícios em tons de vermelho alaranjado. Quase quase a deixar de se ver! Última foto no lusco-fusco e... foi-se! Amanhã voltará de novo para nós.


















Já de noite e a caminho do hotel, para terminar um longo dia em Casablanca, fizemos uma curta paragem na maior mesquita da cidade, "Hassan II Mosque".







Sem comentários:

Enviar um comentário