domingo, 27 de abril de 2014

Para Roma com (des)amor

Roma é daquelas cidades que faz parte (e se não faz parte, devia!) de qualquer lista de cidades a visitar antes de morrer. Roma tem séculos de História e a sua história é a história de todos nós. E todos sabemos que Roma transpira História por todos os seus poros. Em Roma tudo é bonito e perfeito, desde os edifícios magníficos e imponentes, que nos levam a perguntar como é que os homens construíram aquilo tudo sem os recursos de hoje, até às árvores, que parecem também elas desenhadas e esculpidas por algum ser superior. Roma é a cidade onde o velho e o novo se misturam em perfeita harmonia. Há edifícios seculares paredes meias com edifícios que nunca viram Júlio César passar por eles, há carruagens com cavalos parados em semáforos ao lado do mais recente modelo da Fiat. Mas, ao contrário do que seria de esperar, eu não adorei Roma. Claro que não odiei a cidade, isso parece-me impossível. Roma é um tesouro que todos temos o dever de preservar intacto, mas (infelizmente?) não é um tesouro perdido e por descobrir. Roma é paragem obrigatória de milhares de turistas todos os anos. Grupos de estudantes em viagem de  Mas não tenham pena de Roma, porque ela não se deixa abusar pelos turistas, Roma aproveita-se e vive deles. Não gostei da multidão de turistas que se atropelam para conseguir a melhor foto da "Fontana di Trevi". Não gostei de ser puxada e empurrada pela massa de pessoas, que sem autorização me levavam para sítios que não tinha bem certeza se queria ir. Não gostei do trânsito infernal que tornava a missão de tirar uma fotografia ao "Monumento a Vítor Emanuel II" sem um carro à frente impossível. Não gostei do barulho das pessoas, dos carros, até das máquinas fotográficas. Roma merecia mais. Roma merecia ser admirada sem que nada pudesse perturbar a sua beleza e magnificência. E eu queria Roma só para mim! Infelizmente, isso não foi possível, por isso tive que partilhar Roma com os comuns mortais.




Monumento a Vítor Emanuel II




A caminho da "Praça Navona" encontrei duas manifestações: uma contra o aumento da reforma em Itália para os 68 anos, e outra a favor da legalização da eutanásia. Estive à conversa com um dos que se manifestavam a favor da legalização da eutanásia, que me disse revoltado que "a Itália é uma teocracia".





Já na "Praça Navona", hora de procurar um restaurante e pedir a melhor pasta, pois claro!

Tagliatelle com salmão




Não muito longe da famosa e movimentada praça, fica o "Panteão".







Panteão








Em Roma, vamos tropeçando na História. Os maiores pontes de interesse turístico (segundo os mapas do hotel) não distam muito uns dos outros. E por isso, a "Fontana di Trevi" vem já a seguir.






Fontana di Trevi

Cumprir a tradição de atirar uma moeda para a fonte
Não podia ir a Roma e não comer um gelado!


Já no lusco-fusco, não podia ir embora sem ver o grande "Coliseu".
















Infelizmente, o "Coliseu" está em obras e as suas imediações também, devido à construção da Linha C do metro. Por isso, os andaimes e gruas arruinam a paisagem. Não entrei porque já estava fechado.



Coliseu