segunda-feira, 7 de abril de 2014

Visita guiada a Londres

Conheci a Anna em 2010, quando estava a estudar na Grécia. A Anna é polaca, mas vive há cerca de dois anos em Londres, onde estuda e trabalha. Já não a via há quatro anos, da última vez que a vi os meus dias em Atenas tinham terminado e ela ainda tinha o cabelo ruivo. Quando soube que iria a Londres decidi contactá-la, apesar de ter passado tanto tempo e as nossas vidas terem seguido caminhos diferentes. Vivemos juntas e partilhámos muitos momentos, mas agora pouco tínhamos em comum. Seria estranho o reencontro? Teríamos aquela sensação esquisita de apesar de muito se ter passado em quatro anos não temos nada para contar uma à outra? Ela pareceu ficar feliz com a minha visita e disponibilizou-se logo para me mostrar a cidade. A última vez que estive em Londres foi em 2007. Desta vez teria uma guia privada e não teria que andar desorientada de mapa na mão a percorrer a imensa capital inglesa.

O metro em Londres é gigante e confuso até para a Anna que o usa todos os dias. Mas, ainda assim, é o melhor meio de transporte para nos deslocarmos em Londres. Apanhei o metro em "Heathrow" e saímos em "Piccadilly Circus".

Marble Arch

Seguimos em direcção ao "Hyde Park" e fomos pondo a conversa em dia enquanto caminhávamos tranquilamente pelo famoso parque. 2,5 quilómetros quadrados pode parecer muito, mas afinal eram quatro anos de conversa em atraso.










Royal Albert Hall





O parque é tão grande que nos perdemos um pouco (talvez pelo entusiasmo da conversa?), mas lá nos encontramos de novo rumo ao "Buckingham Palace".













Buckingham Palace





Logo a seguir à casa da rainha fica o "St. James's Park" povoado de patos, gansos, e outras espécies de aves, e claro, os adoráreis (ou endiabrados?) esquilos. Enquanto isso, a conversa ia fluindo e fiquei a saber que a Anna foi trabalhando aqui e acolá, essencialmente em lojas, para pagar o mestrado em Engenharia Biomaterial. Diz que o que os empregos que tem arranjado são os mesmos que poderia conseguir na Polónia, mas ali, em Londres, tudo é diferente, a cidade fervilha e há sempre coisas a acontecer.











Horse Guards Building



Saímos do parque e fomos em direcção ao "Big Ben". Ia ouvido pessoas a falar português em cada esquina. A comunidade portuguesa no Reino Unido, e em Londres em especial, é enorme. E estes já não fazem parte do estereótipo de emigrante da vaga de 60. São jovens, grande parte deles com curso superior, que se aventuraram por terras de sua majestade à procura do que na terra que matou o seu rei não conseguiram encontrar. Perguntei-lhe como era ser emigrante em Londres. Respondeu-me que os polacos não têm muito boa reputação por ali, mas isso nunca lhe dificultou a vida, porque, segundo ela, os ingleses sabem distinguir o trigo do joio. Por falar em britânicos, diz-me que não se identifica muito com eles e usa a palavra "posh" para os caracterizar.











Big Ben



Atravessando a "Westminster Bridge", o "London Eye" está logo ali à espreita.








A zona do "London Eye" é uma área muito movimentada e cheia de vida, onde artistas de rua dão o seu melhor para impressionar os turistas e voltarem para casa com os bolsos a tilintar.








A caminho de "Trafalgar Square"...




National Gallery



Coluna de Nelson



Necrobus
As minha últimas horas em Londres estavam reservadas para "Camden Town", o meu sítio favorito da cidade. Em "Camden Town" sente-se uma inexplicável liberdade, as pessoas expressam-se abertamente, quer pela forma como se vestem, andam, gesticulam, falam. O lugar não é propriamente bonito e luminoso, não cheira muito bem, mas ninguém liga a isso. Comemos no chão, ao pé de um rio mal-cheiroso, perdemos-nos no meio das tendas com roupa pendurada, andamos aos empurrões com as pessoas que se atropelam umas às outras. Mas, ainda assim, "Camden Town" é um lugar mágico.












A Inglaterra não é propriamente conhecida pela sua gastronomia, e o famoso prato "fish and chips" não me impressiona muito. Mas, ainda assim, essa falta de tradição gastronómica é colmatada pela facilidade com que se pode encontrar comida dos quatro cantos do mundo. A mim apetecia-me comida tailandesa e lá estava ela!

Barraquinha onde comprei o meu almoço



Thank you, Anna!




1 comentário:

  1. Londres. Nunca sai de moda e continua sempre inexplicavelmente mágica quando lá se vai :) Nunca cansa!

    ResponderEliminar