terça-feira, 1 de abril de 2014

16 horas em Berlim

A primeira vez que andei de avião e a primeira grande viagem que fiz foi em 1998, tinha eu 8 anos, e o destino foi a Alemanha. Confesso que não fiquei a adorar o país. Treze anos depois, em 2011, fiz uma segunda tentativa. Já era mais crescida, já pude apreciar melhor tudo o que a Alemanha tinha para me oferecer, visitei familiares, diverti-me, mas ainda assim o meu coração não ficou a bater mais forte pela terra da cerveja e salsichas. Até que em 2014, há uns dias atrás, tive a oportunidade de visitar Berlim e tudo mudou! Passou a ser uma das minhas cidades europeias favoritas e consigo imaginar-me a viver lá.

Quando cheguei já estava de noite. E frio, muito frio. Jantei a cerca de 10 minutos a pé do hotel no restaurante "Steakhaus".

(foto tirada no dia seguinte de manhã)
Medalhões de porco com cogumelos e croquetes de batata

Não podia faltar a cerveja alemã!
No dia seguinte acordei às 7h, muito cedo, portanto. Às 8h já estava na estação de metro "Rohrdamm" em direcção a "Brandenburger Tor". Sentia-me mesmo numa corrida contra o tempo. Tinha cerca de quatro horas para explorar a cidade ao máximo.

Em 30 minutos (o metro é muito eficiente em Berlim!) estava no centro da cidade a subir as escadas da estação de metro, que me fizeram lembrar que aquilo era a Europa. Perdão, a União Europeia!




E uns metros mais à frente lá estava a "Porta de Brandenburger"!




Caminhar pelas ruas de Berlim é de alguma forma tranquilizador. Sente-se uma aura de paz. É difícil de imaginar que a cidade já esteve debaixo de fogo. Não há trânsito (talvez o facto de ser Domingo possa ter tido influência nisso), ouve-se o chilrear dos passarinhos, as pessoas parecem felizes. É tudo tão perfeito, está tudo tão organizado no lugar onde era suposto estar, que nós, simples humanos, não ousamos fazer nada que possa perturbar isso. Atirar lixo para o chão? Está fora de questão! Atravessar fora da passadeira? Nem pensar! Andar fora da berma destinada aos peões? É quase um crime! Tive vontade de absorver todos os cantos da cidade em tempo recorde e deixar que ela me mudasse na sua forma harmoniosa e pacificadora, tentando que a minha presença passasse despercebida, não fosse este mero ser humano arruinar a paisagem perfeita.







Parlamento




O verde impera na cidade (apesar de ainda ser uma jovem primavera) e é tão bom respirar ar puro numa cidade tão grande como Berlim. Foi óptimo perder-me pelos jardins intermináveis da cidade. As pessoas parecem tão felizes nas suas tarefas e os berlinenses transpiram estilo por todo o lado, quer estejam a fazer jogging, a andar de bicicleta, a passear o cão. E não tem nada a ver com roupa, sapatos, ou cortes de cabelo. É uma questão de atitude e personalidade. Não entendo as pessoas que dizem que os alemães são frios e antipáticos. Tenho que agradecer a todas as pessoas simpáticas que se atravessaram no meu caminho e me salvaram da minha desorientação crónica.

Burial and Memorial Site in Tiergarten







Beethoven-Haydn-Mozart-Denkmal Memorial





Berlin's Victory Column 
Palácio de Bellevue



De volta ao metro, em direcção a Alexanderplatz.

Igreja de Santa Maria










Última paragem: muro de Berlim!









Sem comentários:

Enviar um comentário